O medo agora aparece
E me enlouquece o sentimento
O medo é de estar livre agora
E ter tão pouco tempo para tudo
O medo de não saber
O que fazer se um dia
Me encontrar e te perder
É insignificante, porém presente
Diferente da tristeza,
Não é perigoso
E não me afeta completamente
É o nostálgico medo da criança
De crescer e perder as asas
As minhas, entretanto, continuam presas a mim
Sou um velho que se esqueceu de se sentir fraco.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Meu mundo, meu asco, minha vida secreta
Eu criei um mundo diferente,
Errado e inconsequente
Criei um mundo proibido,
Fértil e volúvel
Entrei na sala errada
E fiz dela um lar magnífico
Não levantarei mais?
Não voltarei para eles?
Parta seu coração
E parta novamente
Com a dor de sentir
Tudo começar outra vez
A certeza é vazia
E esta calma é materna
Teus monstros não vão embora
Se você não se tranca e se esquece.
Errado e inconsequente
Criei um mundo proibido,
Fértil e volúvel
Entrei na sala errada
E fiz dela um lar magnífico
Não levantarei mais?
Não voltarei para eles?
Parta seu coração
E parta novamente
Com a dor de sentir
Tudo começar outra vez
A certeza é vazia
E esta calma é materna
Teus monstros não vão embora
Se você não se tranca e se esquece.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Frémito do meu corpo...
Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
(Florbela Espanca, 1894 - 1930, Poetisa Portuguesa)
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
(Florbela Espanca, 1894 - 1930, Poetisa Portuguesa)
Estas palavras
Estas palavras não são belas
Nem são aquelas de poeta
Que vivem nos papéis dobrados
Dos armários esquecidos.
A construção dessa estrutura
Tão necessária à minha alma
Tão milagrosa ao meu cansaço
É invisível e improvável.
As palavras que carrego
São de um peso absurdo
São insensíveis, portanto as renego
E assassino-as num papel surdo e mudo.
Nem são aquelas de poeta
Que vivem nos papéis dobrados
Dos armários esquecidos.
A construção dessa estrutura
Tão necessária à minha alma
Tão milagrosa ao meu cansaço
É invisível e improvável.
As palavras que carrego
São de um peso absurdo
São insensíveis, portanto as renego
E assassino-as num papel surdo e mudo.
Menina de vestido e de partida
Te vejo
Sempre partindo
Sempre indo
E buscando
Eu passo
E te encontro
Tão linda és
E tão logo teu sorriso aparece
Sempre com algo nas mãos
Bgagens carregadas de tempo
Minutos e horas de fogo queimando
O teu olhar é sempre um olhar de partida
Eu passo
E te encontro
Tão linda és
E tão logo teu sorriso aparece
Não me enganas não, amiga do vestido
Esse teu sorriso encanta, mas a tua alma
É cheia de gritos e demônios,
Lágrimas e canção de adeus.
Sempre partindo
Sempre indo
E buscando
Eu passo
E te encontro
Tão linda és
E tão logo teu sorriso aparece
Sempre com algo nas mãos
Bgagens carregadas de tempo
Minutos e horas de fogo queimando
O teu olhar é sempre um olhar de partida
Eu passo
E te encontro
Tão linda és
E tão logo teu sorriso aparece
Não me enganas não, amiga do vestido
Esse teu sorriso encanta, mas a tua alma
É cheia de gritos e demônios,
Lágrimas e canção de adeus.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Paixão perdida
Se por ti chorei, não choro mais
Se te fiz sofrer, não sofres mais
A semente que rego com palavras
É só a agonia incomparável de uma flor murcha
Se a dor de amar é tão imensa
A dor de não amar é insuportável
A vida que não existe mais
A vontade que não mais se sente
A alma fica gelada e mais ainda o coração
Mas as canções ficam belas
Com a serenidade que traz
A tristeza de uma paixão perdida.
Se te fiz sofrer, não sofres mais
A semente que rego com palavras
É só a agonia incomparável de uma flor murcha
Se a dor de amar é tão imensa
A dor de não amar é insuportável
A vida que não existe mais
A vontade que não mais se sente
A alma fica gelada e mais ainda o coração
Mas as canções ficam belas
Com a serenidade que traz
A tristeza de uma paixão perdida.
Morte cega e sagaz
Morte,
Cega e sagaz.
Morte habitando a minha mente.
Quando escrevo penso nela
E quando não escrevo, penso em ti.
Morte jubilosa
Leva esta minha alma, morte,
Que não sabe viver
E esta mente que não sabe pensar
E sussura morte.
Liberte-me do vazio, morte,
O vazio que me deixaram os sonhos perfumados,
As ilusões...
Abrace-me, morte,
Na vigília lamuriosa
E desperte-me para viver um pouco
Esmague este choramingo covarde.
Cega e sagaz.
Morte habitando a minha mente.
Quando escrevo penso nela
E quando não escrevo, penso em ti.
Morte jubilosa
Leva esta minha alma, morte,
Que não sabe viver
E esta mente que não sabe pensar
E sussura morte.
Liberte-me do vazio, morte,
O vazio que me deixaram os sonhos perfumados,
As ilusões...
Abrace-me, morte,
Na vigília lamuriosa
E desperte-me para viver um pouco
Esmague este choramingo covarde.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Bolha azul e imensa
Todos preocupando-se em viver
E eu tão calmo e relaxado
Numa bolha
Azul e imensa
Do meu tamanho
Flutuo dentro dessa bolha maravilhosa
Sem precisar de ninguém
E às vezes ainda quero tanto
Alguém comigo na bolha
Para passearmos...
Pra sempre
E eu já quis tantas pessoas na bolha
E quem quis nunca tive
E a minha bolha está cada vez mais imensa e azul
E assim, minha alma não preenche mais o espaço
E eu não tenho como fugir da bolha...
Eu nasci com a bolha da calma
E a calma está se transformando em insatisfação,
Tédio e melancolia
Uma bolha viciada agora
Viajando por aí
Uma bolha viciada estoura.
E eu tão calmo e relaxado
Numa bolha
Azul e imensa
Do meu tamanho
Flutuo dentro dessa bolha maravilhosa
Sem precisar de ninguém
E às vezes ainda quero tanto
Alguém comigo na bolha
Para passearmos...
Pra sempre
E eu já quis tantas pessoas na bolha
E quem quis nunca tive
E a minha bolha está cada vez mais imensa e azul
E assim, minha alma não preenche mais o espaço
E eu não tenho como fugir da bolha...
Eu nasci com a bolha da calma
E a calma está se transformando em insatisfação,
Tédio e melancolia
Uma bolha viciada agora
Viajando por aí
Uma bolha viciada estoura.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Nunca te disse
Quando vivemos juntos,
Quando senti tua respiração,
Quando ri de felicidade,
Quando te vi sorrindo,
Lembro-me de tudo
E nunca te disse
Penso em você
Todos os dias e noites
Todos os momentos fáceis
E difíceis
Enfim,
Te amo completamente.
Quando as horas passam rápido
Quando há um novo amanhecer
Quando choro
Quando olho pra você
E percebo que tu és
Meu céu e inferno em forma de mulher.
Quando senti tua respiração,
Quando ri de felicidade,
Quando te vi sorrindo,
Lembro-me de tudo
E nunca te disse
Penso em você
Todos os dias e noites
Todos os momentos fáceis
E difíceis
Enfim,
Te amo completamente.
Quando as horas passam rápido
Quando há um novo amanhecer
Quando choro
Quando olho pra você
E percebo que tu és
Meu céu e inferno em forma de mulher.
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