quarta-feira, 29 de julho de 2020
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Alváro de Campos
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos
Uma vez na vida
Não tenho medo de morrer.
E se for doer, que doa,
é uma vez só na vida.
Tenho mesmo é medo de não viver,
de descartar horas, desperdiçar momentos,
esquecer músicas,
esquecer poesias,
esquecer de sonhar,
esquecer de alguém.
De todos os alguéns.
Então se for doer, que doa,
porque é uma vez só.
Não, não tenho medo de morrer.
Não tenho medo nenhum de morrer.
Mas,
a verdade,
é que não sinto assim.
Amigo,
eu tenho medo do silêncio.
Tenho medo até de quando deito
no chão e olho pro céu azul e limpo,
depois daquela calma,
depois de tentar tocá-lo,
tenho medo de algo e não sei,
confesso que não sei do que,
e já me arrependi de pensar,
é como se tivesse olhando pro nada,
Pro nada de nada de nada de nada.
Então,
o que sinto, na verdade,
é isso.
Mas,
é isso o medo de morrer?
Diego
E se for doer, que doa,
é uma vez só na vida.
Tenho mesmo é medo de não viver,
de descartar horas, desperdiçar momentos,
esquecer músicas,
esquecer poesias,
esquecer de sonhar,
esquecer de alguém.
De todos os alguéns.
Então se for doer, que doa,
porque é uma vez só.
Não, não tenho medo de morrer.
Não tenho medo nenhum de morrer.
Mas,
a verdade,
é que não sinto assim.
Amigo,
eu tenho medo do silêncio.
Tenho medo até de quando deito
no chão e olho pro céu azul e limpo,
depois daquela calma,
depois de tentar tocá-lo,
tenho medo de algo e não sei,
confesso que não sei do que,
e já me arrependi de pensar,
é como se tivesse olhando pro nada,
Pro nada de nada de nada de nada.
Então,
o que sinto, na verdade,
é isso.
Mas,
é isso o medo de morrer?
Diego
terça-feira, 12 de maio de 2009
XXX
Não importa quantas vezes eu tente,
A Dor sempre volta.
Antigamente faziam efeitos os analgésicos,
Hoje não.
E a merda do coração bate, bate e bate,
Cada vez mais forte,
Incomoda.
Nunca a controlei
Ela esta dentro de mim
E talvez precise dela.
Normalidade?
Não que um dia eu tenha acreditado que seria.
Mas um dia ate a quis.
Suponho agora que mais nada resolva.
Tenha que recorrer a outras alternativas,
Medo de danos.
Mais danos
Gonza
A Dor sempre volta.
Antigamente faziam efeitos os analgésicos,
Hoje não.
E a merda do coração bate, bate e bate,
Cada vez mais forte,
Incomoda.
Nunca a controlei
Ela esta dentro de mim
E talvez precise dela.
Normalidade?
Não que um dia eu tenha acreditado que seria.
Mas um dia ate a quis.
Suponho agora que mais nada resolva.
Tenha que recorrer a outras alternativas,
Medo de danos.
Mais danos
Gonza
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